segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Artigo: UFC 109 - Relentless

O assunto do blog Estilo Shotokan é, basicamente, (pasmem) karate-do, estilo shotokan. Por isso mesmo, evito comentar sobre os eventos de MMA que não envolvam karatecas. Então MMA aqui só no campo notícias ou nos eventos no qual Lyoto, ou qualquer outro karateca, estiverem lutando.

Hoje, eu abro uma exceção para o texto do meu amigo Guilherme Montana sobre o UFC 109. No meu caso, este evento, que ocorreu no último fim de semana em Las Vegas, Nevada, teve um significado especial pela boa luta do brasiliense Paulo Thiago. Abaixo, o texto. Boa leitura.

Oss
Rodrigo Ramthum


UFC 109 - Relentless
por Guilherme Montana *

Ainda estou processando alguns resultados de ontem à noite, no UFC 109. Meu ídolo, Demian Maia, fez uma luta morna e, inacreditavelmente, demorada. Durou os três rounds. Eu estava muito acostumado a vê-lo finalizando oponentes no primeiro ou início do segundo round (Jason MacDonald, finalizado no terceiro com mata-leão, é uma exceção). Mas foi bom constatar que ele evoluiu na trocação. O “boxing camp” com a equipe dos irmãos Nogueira, sob a tutela do treinador de boxe Luis Dórea, e com o auxilio nos treinos do Junior Cigano, deu resultados. Essa é a primeira luta pós-derrota do Demian, natural que a confiança fique um pouco abalada. Mas ele evoluiu, está começando uma nova fase na carreira e daqui a pouco a gente vai vê-lo finalizando todo mundo no Octógono.

(...)
cartaz promocional do evento (fonte: google.com)

A luta do Rolles Gracie me causou um tremendo mal-estar. Eu simplesmente não acreditei no que vi. Talvez todos nós tenhamos criado muita expectativa em relação ao nome Gracie – desconsiderando a obviedade de que um lutador com um cartel de apenas três lutas (todas vitórias, aliás) é, sim, inexperiente para estar no UFC. Subjetividades psicológicas de lado, o que me deixou mais constrangido foi a falta de preparo físico do Rolles. Brock Lesnar também era inexperiente quando entrou no Ultimate, mas fez o dever do atleta: preparou-se. Mal vejo a hora do Rolles Gracie dar shows de jiu-jitsu entre os pesos pesados.


Frank Trigg versus Matt Serra. Meu Deus, quando li que haveria este encontro, eu pensei: “O duelo dos trágicos”. Trigg, o cara que ofereceu o pescoço a Matt Hughes – duas vezes. Serra, o homem de uma única vitória expressiva na carreira, aquela em cima do Georges St Pierre, “a maior zebra da história do MMA”. O que esperar de uma luta de dois veteranos cujas credenciais são ou ser uma zebra ou ser um vacilão? De qualquer forma, o premio de nocaute da noite concedido a Serra foi justo. No final das contas, foi uma boa luta.


* Guilherme Montana é pai de família, pescetariano, tradutor e redator, colunista da mais importante revista eletrônica focada em jornalismo cultural na internet brasileira, o Digestivo Cultural. Já praticou muay thai e hoje é um apaixonado praticante do jiu jitsu, sob a tutela do sensei Luis Tannure.



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